"[A ciência] busca
respostas e interpretação para o que ocorre na natureza, ou seja, para os
fatos. A própria palavra ciência deriva do latim e significa conhecer, saber.
Essa busca do
saber, do conhecer, entretanto, tem que ser feita com critério, e esse critério
é o método científico.
Os cientistas são
pessoas que fazem a ciência e, como regra, têm grande capacidade de observação
e grande desejo de saber o porquê das coisas. São, assim, grandes curiosos da
natureza.
Observar é
fundamental para se fazer ciência. Os cientistas começam suas investigações
dessa maneira. Observam criticamente os fatos
fazem perguntas sobre eles, buscando entende-los. Depois de feita a
pergunta, procuram formular possíveis respostas. Essas respostas são as
hipóteses.
Ao formularem uma
hipótese, os cientistas procuram reunir várias informações disponíveis sobre o
assunto. Uma vez levantada a hipótese, eles fazem uma dedução: preveem o que
pode acontecer se a hipótese for verdadeira.
Essa dedução é
testada mediante novas observações ou experimentações. Isso permite que se
tirem conclusões a respeito das deduções. Se confirmadas, elas são aceitas; se
não confirmadas, são rejeitadas e novas hipóteses são levantadas para serem
testadas.
Se uma hipótese for
confirmada por grande número de experimentações, então ela pode se tornar
teoria, embora nunca seja considerada verdade absoluta.
Um aspecto
importante da ciência é que os conhecimentos mudam sempre, e com base no método
científico novas teorias são formuladas, muitas vezes substituindo outras
anteriormente aceitas. Uma teoria pode ser mudada frente a novas descobertas. A
teoria é um conjunto de conhecimentos mais amplos que procuram explicar
fenômenos abrangentes da natureza, como é o caso da Teoria da Gravitação
Universal, que procura explicar os movimentos dos corpos celestes com base na
força da gravidade.
Um importante
biólogo americano, Stephen J. Gould (1941-2002), escreveu: “Os fatos são dados
do mundo. As teorias são estruturas que explicam e interpretam os fatos. Os
fatos continuam a existir enquanto os cientistas debatem teorias rivais para
explica-los. A Teoria da Gravitação Unversal de Einstein tomou o lugar da de Newton,
mas as maçãs não ficam suspensas no ar, aguardando o resultado”.
NOTA DO BLOG:
Esse texto foi retirado de:
Biologia – volume único / Sônia Lopes, Sergio Rosso – 1ª ed.
– São Paulo – Saraiva, 2005 – p. 12 e 13
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