quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Problemas com a comunicação

   Ter problemas na comunicação é um problema infelizmente mais comum do que gostaria que fosse e esse problema acaba levando a outros problemas que tomam ainda mais tempo do que a comunicação em si.

   Abaixo estão problemas típicos de ambientes que encontramos problemas de comunicação.

   ● Dificuldade de membros assumirem responsabilidades.
   ● Dificuldade na comunicação entre departamentos, o que leva um a assumir a responsabilidade do outro e os dois se dedicam na mesma coisa, ou pior, ninguém faz nada.
   ● Necessidade do pastor (ou outro tipo de líder) exercer maior autoridade diante dos membros.
   ● Acesso limitado às informações da igreja.
   ● Poder de análise do conjunto acaba prejudicado.

   Alguns pontos da comunicação que devem ser analisados para a obtenção do sucesso na comunicação:

Estrutura

   ○ A apresentação de tópicos para a discussão antes de cada reunião (pelo menos um dia) e a presença dos principais (ativos) membros da comissão significa que a reunião tende a ser mais eficaz em termos de resolução de problemas e de economia do tempo.
   ○ A estrutura levava à preparação prévia, quando os participantes podiam digerir os tópicos e vir preparados para fazer ou responder as perguntas difíceis.

Comunicação clara

   ○ As conversas diretas, o ato de ouvir ativamente e a pressão para manter os diálogos dentro de uma linha lógica afastam as discussões das respostas sem clareza ou um simples “sim ou não” para respostas do tipo, “sim... [o que precisa ser feito para conseguir o resultado estimado]”.

Frequência

   ○ A realização constante de reuniões melhora a comunicação como um todo e mantem todos membros da comissão atualizados, assim como os membros dos departamentos representados por um membro da comissão.
   ○ A frequência de reuniões com participantes de variados níveis da “hierarquia” da igreja pode dar visibilidade a comissão, conquista apoio dos membros como um todo.

Para a Igreja

   ○ Demonstre á igreja seu apreço adaptando a apresentação ao público e oferecendo incentivos específicos (que não necessitam ser materiais) para motivar a congregação a agir.
   ○ Uma apresentação feita pelo pastor da igreja não apenas enriquece a apresentação ao demonstrar a sinceridade e a seriedade do projeto, como gera uma estrutura interna para realização do projeto, levando os responsáveis dentro da igreja a cumprir os compromissos externos (em essência, criando um senso de urgência e responsabilidade dentro da igreja).

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Estratégia para estabelecer boa comunicação

   No post anterior falei sobre a importância da comunicação para um trabalho em equipe, seja em um escritório, multinacional ou mesmo numa igreja. Aqui vou dar cinco passos para estabelecer as dicas que dei acima em uma comissão de igreja (que é a minha área), mas que pode ser usada em ambientes empresariais (com as devidas adaptações) .

   São cinco os passos que você precisa para estabelecer uma boa comunicação dentro da sua comissão.

1º Passo – Documente e compartilhe todas as informações de contato de todos os membros da comissão. Telefone, celular, e-mail e mesmo o Facebook, são todas ferramentas poderosas para a troca de informação. Após essa parte, defina um escopo geral do projeto para a igreja. Ponto de partida e para onde queremos chegar.

2º Passo – Definir consensualmente uma programação de reuniões compatível com a natureza do projeto e da igreja. Geralmente se tem uma reunião por mês, mas nada impede de uma reunião extra para eventos como Semana Santa, Colheita de Primavera, Semana da Família...

3º Passo – Todas as reuniões devem ter uma pauta clara. Como pastor sou contra discutir qualquer coisa em uma comissão de igreja que não havia sido pautada com antecedência. Além disso, todos os coordenadores de projetos dentro da igreja deveriam ter em mãos seus planos, metas atingidas, objetivos a cumprir especificadas e ou novos planos de ação.


4º Passo – Usar e-mail com frequência para manter toda a comissão atualizada com relação aos projetos adotando um formato uniforme e de mensagens curtas. Isso vai dar uma velocidade maior em todas as comissões, pois quando um assunto entrar na discussão, todo mundo já esta sabendo do que esta acontecendo.

5º Passo – Ao avaliar os prós e contras das questões e ideias, lembre-se de separar a pessoa das questões e ideias na discussão. Avaliem as ideias com mérito na sua formulação e capacidade de trazer a congregação os resultados esperados.

   Siga esses passos e veja se a eficiência do trabalho não vai ser melhorada.

domingo, 16 de novembro de 2014

Comunicação e sua Importância


    Se você for em busca de consultores para saber o que realmente importante para o funcionamento de uma empresa, vai descobrir rapidamente que comunicação é uma delas. Na Igreja não é diferente, comunicar-se é importante demais. Porém aqui quero fazer um adendo, a comunicação que estarei tratando aqui é especificamente de liderança, ou seja, para a comissão da igreja, e não a comunicação geral da igreja, que no caso da Adventista, existe um departamento só para isso.

   Se você é pastor e esta chegando em um novo distrito, falar sobre a importância da comunicação é um excelente começo, afeta todos os membros  e mais, ajuda muito  na execução de projetos da congregação. Então aqui vão algumas dicas.

1. Comunicar-se constantemente

   Algumas pessoas reclamam pelo excesso de comunicação, e-mails que não acrescentam muita coisa e assim vai, mas você já colocou na balança o que é melhor, o excesso ou a falta de comunicação? Vou considerem aqui primeiramente o excesso de comunicação e os três problemas mais citados.

   a. Tempo para redigir relatórios ou e-mail de atualizações adicionais.
   b. Tempo para ler relatórios ou e-mail de atualizações adicionais
   c. A chateação de ler e-mail ou outro tipo de mensagens com informações já antes comunicadas.

   Agora vou considerar aqui os três principais problemas que existem pela falta de comunicação.

   d. Falta de outras perspectivas (mesmo divergentes) de questões importantes.
   e. Redundância de vertentes de trabalho. (Por exemplo, quem nunca viu dois ou mais pregadores estarem prontos para transmitir a mensagem no mesmo dia).
   f. Resposta errada ou mesmo significativo retrabalho por falta de um ou mais dados.

   Creio que todos nós já fomos pelo menos uma vez na vida vítima da falta de comunicação tendo aquela sensação de desperdiçou muito tempo em algo desnecessário. E pelo que apresentei acima, imagino que ficou claro na sua visão que o excesso de comunicação causa menos dor de cabeça do que a falta de comunicação.

   Agora um detalhe, nunca se trave em apenas um único tipo de comunicação, existem pelo menos três meios de comunicação que devem manter um equilíbrio para manter todo o sistema, seja empresa ou igreja, equilibrado. Comunique-se por e-mail, por telefone e pessoalmente. O e-mail pode ser interrompido de maneira abrupta e muitas vezes não passa a o “tom do discurso” que seria necessário transmitir. Não é incomum os e-mails darem também uma interpretação equivocada, por mais claro que o autor do e-mail achou ter sido. Mantendo esses três meios de comunicação ativos você vai criar um ambiente de comunicação clara.

2. Ouvir com atenção

   Desde que eu era uma criança ouvia a professora na sala de aula dizendo: “Deus nos deu uma boca e dois ouvidos, isso significa que é mais importante ouvir do que falar.”

   Talvez você não concorde com a metáfora, mas você precisa concordar que ouvir é MUITO mais importante que falar. E essa é uma habilidade que principalmente nós homens precisamos treinar, pois um dos maiores pontos fracos de comunicação masculino é interromper as pessoas no meio da sua fala.

   Para um pastor, conselheiro ou qualquer pessoa nessa posição, a regra de ouro é aprender a ouvir e mais ouvir com atenção, aqui vão quatro dicas para aprimorar o nosso lado ouvinte:

   a. Deixe a própria agenda de lado. As visitas que faço são feitas com pelo menos um objetivo em mente, mas uma ou outra vez acabo me deparando com situações complicadas, nesse caso é necessário deixar o bom senso prevalecer, deixo minha agenda (objetivos) de lado, pelo menos por ora, e passou a ser ouvinte da pessoa.

   b. Concentre-se na pessoa que esta falando. Mantenha contato visual, todos gostamos de ser ouvidos por pessoas que estão nos olhando, além disso, você focar visualmente uma pessoa você vai conseguir se manter bem mais atento a ela do que se distraindo ou olhando para algum outro lugar, Celular ou tablete nem pensar.

   c. Encoraje o interlocutor. Isso você pode fazer verbalizando, mais facilmente com perguntas, ou mesmo com a linguagem corporal. Mas algo que realmente encoraja uma pessoa a falar é saber que o ouvinte é uma pessoa de confiança.

   d. Discuta o conteúdo. Faça um pequeno resumo do que a pessoa te falou, ou então parafraseei a ideia apontada, desta maneira você pode demonstrar que esta entendendo o que esta lhe sendo falado.

   Agora uma coisa importante, muitas vezes somos tentados a terminar uma reunião rapidamente por causa da nossa agenda. Alguns membros tem horror a uma comissão longa (e em certo sentido com razão), mas aqui vou querer desafiar você, presidente de comissão, reunião ou o que for. A arte de ouvir exige que você solicite ativamente opiniões e ideias dos integrantes da equipe que ainda não deram suas contribuições. Isso é necessário em especial porque sempre tempos membros mais calados e introvertidos dentro da equipe.

3. Separar as questões (ideias) em discussões das pessoas.

   Esse passo é fundamental e evita a ideia da tal panelinha. Mas quem quer que esteja presidindo e participando de uma reunião não pode confundir o autor da ideia, proposta ou questão em si, com o autor da mesma.

   Existe uma forte tendência de que quando apresentamos uma ideia ou damos um ponto de vista que diverge do grupo em si, ficamos apegados pessoalmente a essa nova perspectiva. Quando temos então nossa ideia rejeitada acreditamos que temos argumentar com mais força para que os outros aceitem.

   A melhor solução para isso é que após expor a ideia, deve-se separar a pessoa da ideia, fazemos isso discutindo os prós e contras com base única nos méritos. Após um boa analisada na ideia, o grupo pode então tomar uma decisão. E lembram-se a ideia de um presidente pode ser tão ruim, como de um estagiário pode ser maravilhosa. Esqueça a pessoa, aprenda a ouvir, analise e viva com sua ideia, aprovada ou não pela sua equipe.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Célula-tronco, a polêmica continua

   Quando ouvimos sobre pesquisa de célula-tronco achamos que logo estaremos nos beneficiando com curas impressionantes para os mais diversos problemas, inclusive a recuperação de movimentos de tetraplégicos, mas como deixei claro no post anterior eu sou contra esse tipo de pesquisa, o que usa embriões humanos, e vou colocar aqui mais uns motivos.

   1. Todos sabem que a célula-tronco tem a capacidade de se tornar qualquer tipo de célula, inclusive neurônios, mas as células-tronco embriatórias são difíceis de serem controladas e as vezes formam tumores em vez tecido útil.

   2. Segundo Wesley Smith, no livro Cell Wars: The Reagans Suffering and Hyped Promises, os tratamentos prometidos seriam muito caros. Ele afirma que “levaria cerca de cem óvulos humanos por paciente, a um custo de mil a dois mil dólares cada, apenas para obter uma linhagem de células-tronco embriatórias clonadas para o uso de terapia regenerativa”. Ou seja, mesmo que a biomedicina conseguisse a tal cura, ela estaria restrita a uma pequena parcela da sociedade.

   3. As células-tronco adultas estão tratando 70 doenças conhecidas, ao passo que as células-tronco embriatórias (tiradas de embriões em laboratórios, ao invés do cordão umbilical) não conseguem tratar nenhuma doença.

   4. Não percebo nenhuma lógica em criar centenas de vida humanas para serem sacrificadas em prol da recuperação da saúde de uma única pessoa. O normal seria um se sacrificar por muitos (por decisão própria, é claro!) não o contrário.

   Poderia estender ainda mais essa discussão, mas gostaria que você refletisse no seguinte ponto. Essa vida é injusta e passageira, muitos morrem de doenças terríveis e outros num delicioso sono, mas quando confiamos em Cristo, que morreu por nós, então todas as doenças serão curadas e nem mais morte existirá (Apoc. 21:1-4). Entregue sua vida em sacrifício a Cristo e então você viverá mais e melhor.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Célula-tronco, a polêmica

   Pesquisas no mundo todo sobre o uso medicinal de células-tronco estão sendo realizadas sem nenhum critério moral, na verdade, creio eu, criando uma grande imoralidade. O homem passou a brincas de ser Deus.

   Primeiramente gostaria de responder a principal crítica que é espalhada por ai contra as pessoas que são a favor da vida. Religião não deve interferir na ciência. Claro que isso vem de cientistas ateus, ou pessoas preocupadas primeiramente em ganhar uma boa grana com suas pesquisas, nem que tenham que fazer um longo caminho pela imoralidade.

   Ciência em si é desprovida do sentido de certo ou errado, moral ou imoral. Ciência em si é amoral, sem bem ou mau, sem certo ou errado, sem justo ou injusto. Ciência é a busca de conhecimento, se o procedimento para isso é moral ou não, não cabe à ciência julgar.

   Por outro lado, religião é um divisor entre o certo e o errado, assim como muitas linhas da filosofia também o são. Por isso, creio eu, a religião e a filosofia devem entrar no campo da ciência, não para dizer o que pesquisar ou não, mas para por limites na maneira de conduzir uma pesquisa.

   Pesquisa de célula-tronco não deve ficar de fora dessa discussão, deve ser observada e com muita atenção, pois ela esta avançando cada dia mais onde imaginamos que não existe espaço na justiça para tal prática. Por exemplo, em 2004, em Nova Jersey, a lei S-1.909, assinada pelo governador James McGreevey, proibindo a clonagem humana (pelo menos dessa maneira que chegou ao público), é a lei mais permissiva para pesquisadores de célula-tronco.

   Como assim?! Ela proíbe o nascimento vivo de seres humanos clonados, o que na cabeça da maioria também significaria que é proibido gera-los, mas não, a lei não fala nada sobre a sua criação para pesquisas destrutivas. Assim outras leis “anticlonagens” são elaboradas dia a dia mundo a fora.

   Além disso, cientistas parecem querer fazer uma grande confusão na mente das pessoas dizendo que vida humana não é vida humana e que clonagem não é clonagem, por exemplo, uma citação de Michael Gazzaniga, diretor do Centro de Neurociência de Dartmouth e (pasmem) membro do Coselho Presidencial de Bioética. Essa citação foi extraída no New York Times, fevereiro de 2006, como uma respostas as declarações de George Bush sobre clonagem.

   “Chamar a clonagem humana em todas as suas formas de ‘abuso flagrante’ é uma descaracterização grave. Soa como se a comunidade médica estivesse clonando pessoas, o que não é verdade. A frase ‘em todas suas formas’ é um código, uma forma de confundir coisas muito diferentes: clonagem reprodutiva e clonagem biomédica.”

   No meu post anterior, “Aborto, a polêmica”, eu dei bons motivos para considerar um embrião um ser humano, ou melhor, um embrião humano é uma vida humana. Clonar embriões humanos para matar e retirar células-tronco, na minha opinião, é ainda pior do que permitir que clones humanos possam viver. Além disso, clonagem reprodutiva e clonagem biomédica resulta no mesmo tipo de vida, a humana. Mas parece que cientistas preferem ignorar isso.

   Gazzinga ainda vai mais longe no seu artigo “All Clones Are Not the Same” ao dizer:


   “Olhe ao redor. Olhe para seus entes queridos. Você vê um grande bloco de células ou vê algo mais? (...) Não vemos células, simples ou complexas, vemos pessoas, a vida humana. Aquilo em uma placa de Petri é outra coisa. Ainda não tem memória, amores e esperanças que se acumulam ao longo dos anos.”

   Veja que para um cientista ele apela para um padrão moral próprio, onde matar um embrião em um vidro Petri é bem deferente de matar um ser humano adulto.  Ele não esta fazendo nada mais do que colocando suas crenças no papel, mas se eu coloco as minhas sou um fundamentalista, mas ele não esta sendo também um fundamentalista em um ponto de vista oposto ao meu?

   Ele esta argumentando aqui, que nós seres humanos passamos a existir somente depois que nosso corpo já existia, ou seja, aquele embrião que estava na barriga da sua mãe e que um dia gerou você, ele não era você, era apenas um amontoado de células. O que eu estou dizendo é que eu já estive vivo em uma forma de embrião, e quando olho as pessoas a minha volta, com suas memórias, amores e esperança, sei que todas elas um dia foram um simples embrião.

   O que difere o valor da minha vida em relação as que estão em uma placa de vidro é que eu tive oportunidade de me desenvolver, biologicamente, emocionalmente e mentalmente.

   Desculpem se você não concorda com a minha argumentação até aqui, mas eu sou um defensor da vida humana e não é nosso papel, como iguais, julgar quem vive e quem morre.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Aborto, a polêmica continua

   O tema tem causado muita polêmica e voltou à tona com uma reportagem do Fantástico e com uma sequencia de reportagens que saíram semana passada sobre uma clínica de aborto em Porto Alegre, onde mais de 5.000 abortos foram realizados.

   A clínica em questão ficava em um bairro nobre da capital gaúcha e cobrava pelo crime exatos 5.000 reais, e tinham em média cinco “clientes” por dia. Apesar de toda a aparência da clínica, nenhum médico foi preso, pego ou teve algum tipo de ligação na falsa clínica, pessoas não preparadas que tomavam conta da situação.

   Sempre que sai uma reportagem dessa então se abre uma nova etapa para discutir a legalidade do aborto. Afinal mulheres colocam suas vidas em risco em procedimentos nada seguros, e elas, donas dos seus preciosos corpos, deveriam ter o direito de escolher ser mão ou não. Pelo menos é isso que se ouve por ai.

   Quem acompanha o blog sabe que sou cristão e tenho uma posição bem definida sobre o tema. E de fato, como todo cristão, tenho mesmo. Afinal Deus criou o homem a Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:23), mostrando que somos a obra prima da criação, além disso deixou claro na sua lei que não devemos matar (Êxodo 20:13). Por que? Somos caros para Deus, que deu Seu Filho por nós (João 3:16). Você pode saber mais sobre minha posição cristã lendo aqui.

   Então vem um militante pró-aborto e diz após ouvir minha breve explicação sobre o porquê sou contra o aborto e chama de fundamentalista. Bem prefiro ter fundamentos sobre minhas posições a ficar nessa filosofia barata pós-moderna de que tem que ter a mente aberta e aceitar as mudanças do século XXI.

   Mas posso dar excelentes motivos para ser contra o aborto sem pegar a Bíblia. E é isso que eu pretendo fazer a partir de agora.

   Cientificamente o resultado da fecundação é o surgimento de uma nova vida. Claro que não completamente desenvolvida, mas uma nova vida, e no caso de uma mulher estamos falando de uma vida humana. Afinal todos nós por um momento fomos seres unicelulares.

   Filosoficamente falando, essa nova vida deve ser tão respeita, ou ainda mais, por ser um humano e indefeso. Mas os defensores do aborto alegam que existem grandes diferenças. Os argumentos giram em torno de quatro pontos: tamanho, local, desenvolvimento e grau de dependência. Mas será que ele realmente difere do resto de nós?

   Tamanho: Sim, um embrião é muito menor do que um ser humano, mas tamanho não quer dizer nada. O mundo não é dominado pelos altos e os baixinhos têm tantos direitos quanto os grandões. Só por causa do tamanho não seria um bom motivo para o aborto.

   Local: Dizer que a vida é menos valiosa enquanto esta nas trompas em vez do útero é besteira. Seria como dizer que você é menos valioso (a) no quarto do que no escritório. Ou que um assassino tem pena menor quando mata alguém dormindo (literalmente vegetamos nesse caso) do que quando esta acordado.

   Desenvolvimento: Sim, embriões são de fato menos desenvolvidos que bebês, mas os bebês também são menos desenvolvidos que crianças, que são menos desenvolvidas que adolescentes, que são também menos desenvolvidos que um adulto. Mas todos nós concordamos que cometer um crime contra uma criança é pior do que um adulto, mesmo que ela seja menos desenvolvida.

   Dependência: Já ouvi comparação de um processo de gestação com um tipo de parasitismo, o que é absurdo. Um embrião não é um parasita, mas sim um dependente da mãe que o carrega no ventre, mas isso não o torna menos valioso. Veja o mundo a sua volta, quantos diabéticos você conhecem que dependem de insulina para viver? Pessoas com falência nos rins que dependem da hemodiálise para sobreviver? Mas nós não eliminamos os dependentes, na verdade lutamos por eles e historicamente desenvolvemos medicamentos ou equipamentos para que essas pessoas tenham as melhores condições de vida. Diferente dos doentes, o embrião depende temporariamente, assim como um bebê também depende da mãe para se alimentar. São processos que todos nós passamos para chegar onde estamos.

   Não quero me demorar muito neste post, mas quero que vocês percebam este ultimo argumento.

   Vamos supor que você tenha uma amiga, ela esta casada já a alguns anos e decidiu se tornar mãe. Então ela passa por enjoos e náuseas constantes e insiste em tomar talidomida. Ela então é instruída pelo seu médico dos grandes defeitos que isso pode causar ao seu bebê, mas ela diz que o feto não tem direito sobre o seu corpo e mantém o medicamento. Com resultado disso seu filho acaba nascendo sem os braços.

   Você acha que a mulher fez algo errado? Será que a autonomia do seu próprio corpo justifica o ato da mulher? Afinal, o feto é apenas um convidado especial.

   Se você acha isso errado, mas é a favor do aborto, você é uma pessoa ilógica, pois ferir o nascituro é errado, mas mata-lo através de um aborto eletivo esta tudo certo.

   Vida é vida e ela sempre tem seu valor, seja cristão, seja budista ou seja ateu.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Aborto, Declaração da Igreja Adventista do Sétimo Dia

Orientações

   Os adventistas desejam lidar com a questão do aborto de forma que revelem fé em Deus como Criador e Mantenedor de toda a vida e de maneira que reflitam a responsabilidade e a liberdade cristãs. Embora haja diferença de pensamento sobre o aborto entre os adventistas, o texto abaixo representa uma tentativa de prover orientações quanto a uma série de princípios e temas. As orientações estão fundamentadas nos amplos princípios bíblicos, apresentados para o estudo no final deste documento (Foi postado ontem no Blog, clique aqui para visualizar).

   1. O ideal de Deus para os seres humanos atesta a santidade da vida humana, criada à imagem de Deus, e exige respeito pela vida pré-natal. Contudo, as decisões sobre a vida devem ser feitas no contexto de um mundo caído. O aborto nunca é um ato de pequenas consequências morais. Assim, a vida pré-natal nunca deve ser irrefletidamente destruída. O aborto somente deveria ser praticado por motivos muito sérios.

   2. O aborto é um dos trágicos dilemas da degradação humana. As atitudes condenatórias são impróprias para os que aceitaram o evangelho. Os cristãos são comissionados a se tornar uma comunidade de fé amorosa e carinhosa, auxiliando as pessoas em crise ao considerarem alternativas.

   3. De forma prática e tangível, a igreja, como comunidade de apoio, deve expressar seu compromisso de valorizar a vida humana. Isso deve incluir:
     a. O fortalecimento do relacionamento familiar.
     b. Instrução de ambos os sexos quanto aos princípios cristãos da sexualidade humana.
     c. Ênfase na responsabilidade do homem e da mulher no planejamento familiar.
   d. Apelo a ambos para que sejam responsáveis pelas consequências dos comportamentos incoerentes com os princípios cristãos.
     e. Criação de um clima seguro para o desenvolvimento de discussões sobre as questões morais associadas ao aborto.
     f. Apoio e assistência a mulheres que decidiram seguir com uma gravidez problemática.
     g. Incentivo e ajuda para que o pai participe com responsabilidade na tarefa de cuidar dos seus filhos.

   A igreja deve também se comprometer a mitigar os lamentáveis fatores sociais, econômicos  psicológicos que possam levar ao aborto e a cuidar de forma redentiva dos que sofrem as consequências de decisões individuais nesta área.

   4. A igreja não deve servir como consequência para os indivíduos; contudo ela deve oferecer orientação moral. O aborto por motivo de controle natalício, escolha do sexo ou conveniência não é aprovado pela igreja. Contudo, mulheres, às vezes, podem deparar-se com circunstâncias excepcionais que apresentam graves dilemas morais ou médicos, como: ameaça significativa à vida da mulher gestante, sérios riscos a sua saúde, defeitos congênitos graves cuidadosamente diagnosticados e gravidez resultante de estupro ou incesto. A decisão final quanto a interromper ou não a gravidez deve ser feita pela mulher grávida após o devido aconselhamento. Ela deve ser auxiliada em sua decisão por meio de informação precisa, princípios bíblicos e a orientação do Espírito Santo. Por outro lado, essa decisão é melhor tomada dentro de um contexto saudável de relacionamento familiar.

   5. Os cristãos reconhecem que sua primeira e principal responsabilidade é para com Deus. Buscam o equilíbrio entre o exercício da liberdade e sua responsabilidade para com a comunidade de fé, a sociedade como um todo e suas leis. Eles fazem suas escolhas em conformidade com as Escrituras e as leis de Deus em vez de com as normas da sociedade. Assim, qualquer tentativa de obrigar a mulher, quer manter ou interromper a gravidez, deve ser rejeitada como violação à liberdade pessoal.

   6. As instruções da igreja devem receber orientações para desenvolver suas próprias normas institucionais em harmonia com este documento. Pessoas que tenham objeções éticas ou religiosas ao aborto não deveriam ser solicitadas a participarem do mesmo.


   7. Os membros da igreja devem ser incentivados  a participar no desenvolvimento das considerações de suas responsabilidades morais com respeito ao aborto à luz do ensino das Escrituras.

domingo, 9 de novembro de 2014

Princípios Para uma Visão Cristã da Vida

Introdução
   “E a vida eterna é esta: que te conheçam a Ti, oúnico Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). Em Cristo há a promessa da vida eterna, mas, uma vez que a vida humana é mortal, os seres humanos são confrontados com temas difíceis com relação à vida e à morte. Os seguintes princípios referem-se à pessoa como um todo (corpo, alma e espírito), um todo indivisível (Gên. 1:7; Tess. 5:23)

Vida: Nossa Dádiva Valiosa de Deus
   1. Deus é a Fonte, o Doador e o Mantenedor de toda a vida (Atos 17:25 e 28; Jó 33:4; Gên. 1:30; 2:7; Sal. 36:9; João 1:3 e 4).
   2. A vida humana tem valor único, pois os seres humanos embora caídos, são criaturas a imagem de Deus (Gên. 1:27; Rom. 3:23; I João 2:2; 3:2; João 1:29; I Ped. 1:18 e 19).
   3. Deus valoriza a vida humana não por causa das suas realizações ou contribuições humanas, mas porque somos criaturas de Deus e objetos do Seu amor redentor (Rom. 5:6 e 8; Efés. 2:2-6; I Tim. 1:15; Tito 3:4 e 5; Mat. 5:43-48; Efés. 2:4-9; João 1:3; 10:10).

Vida: Nossa resposta ao Dom de Deus
   4. Valiosa como é, a vida humana não é a única preocupação. O sacrifício próprio em devoção a Deus e aos Seus princípios pode tomar a precedência sobre a vida (Apoc. 12:11; I Cor. 13).
   5. Deus nos chama para a proteção da vida humana, e responsabiliza a humanidade pela sua destruição (Êxo. 20:13, Apoc. 21:8; Êxo. 23:7; Deut. 24:16; Prov. 6:16 e 17; Jer. 7:3-34; Miq. 6:7; Gên. 9:5 e 6).
   6. Deus esta especialmente preocupado com a proteção do fraco, indefeso e oprimido (Sal. 82:3,4; Tia. 1:27; Miq. 6:8; Atos 20:35; Prov. 24:11 e 12; Luc; 1:52-54).
   7. O amor cristão (agape) é a valiosa dedicação de nossas vidas para elevar a vida de outros. O amor também respeita a dignidade pessoas e não tolera a opressão de uma pessoa para apoiar o comportamento abusivo de outra. (Mat. 16:21, 22:39;  Fil. 2:1-11; I João 3:16; 4:8-11; João 18:22 e 23; 13:34).
   8. A comunidade crente é chamada a demonstrar o amor cristão de maneira tangível, prática e substancial. Deus nos chama a restaurar gentilmente os quebrantados (Gál. 6:1 e 2; I João 3:17 e 18; Mat. 1:23; Fil. 2:1-11; João 8:2-11; Rom. 8:1-14; Mat. 7:1 e 2; 12:20; Isa. 40:42; 62:2-4).

Vida: Nosso Direito e Responsabilidade de Decidir
   9. Deus dá a humanidade  a liberdade de escolha, mesmo que isso conduza ao abuso e a consequências trágicas. Sua relutância em forçar a obediência humana requereu o sacrifício de Seu Filho. Ele nos manda usar Seus dons de acordo com a Sua vontade e finalmente julgará o seu mau uso. (Deut. 30:19 e 20; Gên. 3; I Ped. 2:24; Rom. 3:5 e 6; 6:1 e 2; Gál. 5:13).
   10. Deus convida cada um de nós individualmente a fazer decisões morais e a buscar nas Escrituras os princípios bíblicos que fundamentam tais escolhas (João 5:39; Atos 17:11; I Ped. 2:9; Rom. 7:13-25).

   11. Decisões sobre a vida humana, do início ao fim, devem ser tomadas no contexto de relacionamentos familiares saudáveis, com o apoio da comunidade de fé (Êxo. 20:12; Efés. 5:6 e 12). As decisões humanas devem ser sempre centralizadas na busca da vontade de Deus (Rom. 12:2; Efés. 6:6; Luc. 22:42).

Estudo retirado do livro: Declarações da Igreja, Casa Publicadora, p.119 e 120

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Deus não esta morto - Minha Crítica

   Olá pessoal, vou rapidamente dizer um pouco daquilo que vi e percebi ao ver o filme “Deus não esta morto”.

   Primeiro objetivo do filme é fazer uma crítica a uma perseguição que o cristão sofre nas faculdades americanas. Essa realidade não se aplica somente para os alunos, mas também já foi demonstrada que professores também a sofre no bem humorado documentário “Expelled: No Intelligence Allowed” (que infelizmente não chegou ao Brasil, mas pode ser assistido com legenda no youtube.

   O segundo objetivo do filme é mostrar que o cristianismo tem uma boa resposta para objeções ateístas contra a existência de Deus, embora o filme não consiga explanar bem esse tópico até por falta de tempo. Mas existem excelentes debates que você também pode assistir pela internet. Procurem pelo nome Willian Lane Craig, maior defensor do cristianismo contra ateísmo a atualidade.

   O terceiro e ultimo objetivo parece ser mais comercial, promover uma banda gospel americana. Mas para se produzir um filme precisa de dinheiro e para arrecadar esse montante algumas coisas tem que ser feitas.

   Existe uma crítica negativa no filme, mas que tem que ser falada, até porque a maioria cristã que assistiu ou vai assistir o filme não percebeu. Mas a representação do personagem ateu não parece ser justa e por ser um filme cristão, acredito que negativa demais.

   O ateu ali representado é um homem que se acha o deus do conhecimento, um cara extremamente arrogante, que parece gostar de humilhar sua esposa cristã, que por sinal foi sua aluna (e ai vai uma discussão sobre ética), traumatizado pela perda da mãe na infância e um cara quase sem argumentos nenhum, principalmente por ele ser um professor de filosofia.

   Se eu tivesse assistido a um filme contrário, onde um ateu é o protagonista (mocinho da história) e o cristão fosse tão mal representado eu ficaria muito chateado. Nem todos ateus são como o professor, assim como nem todos os cristãos são mocinhos quanto ao protagonista da história.

   Vale apena assistir? Sim, vale a pena, mas prefiro os filmes nos estilos de A Virada ou Desafiando Gigantes do que este em questão.


   Agora aproveita!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Democracia é transparência

   Quero deixar claro uma coisa, não existe democracia sem transparência. O sistema eleitoral tem que ser no mínimo o mais transparente possível, caso contrário não há democracia.

   No Brasil usamos urna eletrônica que pode ser fraudada de diversas maneiras, como por exemplo, estar programada para a cada cem votos para o candidato Tal um vai para o Beltrano. De fato eu não tenho nenhuma garantia que as urnas eletrônicas são corretamente programadas, apenas confio.

   Entretanto a desconfiança ganhou força nas redes sociais. Pessoas que já tinham votado quando chegaram as urnas, um suposto papel indicando que a urna já tinha 400 votos para uma candidata antes mesmo da eleição começar... e assim vai.

   O PSDB fez um pedido que no mínimo é justo para a existência de uma democracia, verificar o sistema. Acredito que cada partido participante das eleições deveria ter o direito, antes mesmo das eleições começarem, terem todos os direito de fazer uma verificação apropriada das urnas antes de serem lacradas para a votação.

   Volto a repetir, pois é sério, se não existir transparência no sistema eleitoral não existe democracia, o povo não vai eleger seu representante, vai ganhar quem estava programado para ganhar.

   Agora um aspecto mais profundo da moralidade da democracia, uma pessoa que recebe algum benefício assistencialista do governo (aposentadoria não se encaixa aqui) estaria apta a participar das eleições.

   Vamos colocar de uma outra forma, se eu sou um candidato e dou uma cesta básica em troca de um voto posso ter sérios problemas com a justiça eleitoral, por compra de votos. Porém, o governante que da um benefício social, como a Bolsa Família, e sai por ai dizendo que se o outro candidato ganhar você vai perder o benefício, não estaria fazendo no mínimo algo parecido com o primeiro caso? Será que ao afirmar que candidato X vai acabar com benefício Y não é uma forma de coação? Se for, será que o nosso Governo Federal não fez legalizou um crime eleitoral usando a máquina do governo?


   Claro que não existe uma resposta pronta aqui, mas que certas propagandas eleitorais parecem mais crimes eleitorais, isso parece.