Gostaria de pedir para você assistir o vídeo abaixo primeiro para então
ler a resposta que darei logo abaixo.
O Yuri quase me lembrou pregadores que gostam de aparecer na TV, com
pouco menos de oratória típica dos sensacionalistas, mas apelando ao
sentimentalismo das pessoas que estão assistindo do tipo... “você que passou
por uma separação difícil ou dolorosa, pode ser que você tenha sido um dependente
químico...” Em suma, ao não contráriar a sua fé de início e ao falar da sua dor
ele apresentou empatia e cria um link
com a pessoa que passou pela experiência mencionada.
Após o trabalho introdutório de criar empatia com o público alvo, os
cristãos, ele nos leva a uma questão: Como explicar para você que a “cura”
divina que você recebeu para os seus problemas não são de Deus?
Então ele faz uma afirmação categórica: “Deus não existe!”. Claro que
sem mostrar um bom argumento, mas aqui no Blog já deixei dois bons argumentos
sobre a existência de Deus e podem ser lidos nos links abaixo.
Argumento 1
Argumento 2
Argumento 1
Argumento 2
Então ele faz duas afirmações sobre Jesus, primeiro que Ele não existiu
e nesse caso se referindo ao Jesus descrito na Bíblia que se intitulou ser
Deus, que fez milagres e que morreu em uma sexta e ressuscitou no domingo.
Segundo que Jesus histórico provavelmente não existiu... o que é um absurdo
afirmar. Gosto do Yuri, é meu amigo pessoal, mas já havíamos discutido sobre
isso em um passado por e-mail e não o considero mais ignorante no assunto.
Dando um exemplo, Flávio Josefo (c. 37-100 d.C.) que, por fim, tornou-se o maior historiador
judeu de sua época. Josefo começou a escrever documentos históricos em Roma,
enquanto trabalhava como historiador do imperador romano Domiciano. Foi ali que
escreveu sua autobiografia e duas obras históricas importantes. Uma dessas
obras é sua atualmente famosa Antiguidades dos judeus [publicada em
português pela CPAD], concluída por volta do ano 93. No livro 18, capítulo 3,
seção 3 dessa obra, Josefo, que não era cristão, escreveu estas palavras:
“Nessa época [a época de Pilatos], havia um homem sábio chamado Jesus. Sua conduta era boa e [ele] era conhecido por ser virtuoso. Muitos judeus e de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos condenou-o à crucificação e à morte. Mas aqueles que se tornaram seus discípulos não abandonaram seu discipulado, antes relataram que Jesus havia reaparecido três dias depois de sua crucificação e que estava vivo; por causa disso, ele talvez fosse o Messias, sobre quem os profetas contaram maravilhas.”
Algumas pessoas alegam que essa citação foi
toda inserida no livro, o que é uma decisão de fé, pois não há manuscritos que
comprovem isso. Se tivesse já até seria retirado do livro, porém a uma dúvida
maior quanto a palavra “Messias”, esse sim inserida pelos cristãos.
Em
outra passagem das Antiguidades dos judeus, Josefo revelou de que
maneira o novo sumo sacerdote dos judeus (Ananus, o jovem) valeu-se de um hiato
no governo romano para matar Tiago, o irmão de Jesus. Isso aconteceu no ano 62,
quando o imperador romano Festo morreu repentinamente durante seu ofício. Três
meses se passaram até que seu sucessor, Albino, pudesse chegar à Judéia,
abrindo um grande espaço de tempo para que Ananus realizasse seu trabalho sujo.
Josefo descreve o incidente da seguinte maneira:
“Festo está morto, e Albino está a caminho. Assim, ele [Ananus, o sumo sacerdote] reuniu o Sinédrio dos juízes e trouxe diante deles o irmão de Jesus, que era chamado Cristo, cujo nome era Tiago, e alguns outros [ou alguns de seus companheiros] e, quando havia formulado uma acusação contra eles como transgressores da lei, ele os entregou para que fossem apedrejados.”
Existem nove outros escritores não-cristãos conhecidos
que mencionam Jesus num período de até 150 anos depois de sua morte, que são: Tácito,
historiador romano; Plínio, o Jovem, político romano; Flegon, escravo liberto
que escrevia histórias; Talo, historiador do século I; Suetônio, historiador romano; Luciano, satirista grego; Celso, filósofo
romano; Mara bar Serapion, cidadão reservado que escrevia para seu filho; e o Talmude.
Para quem nunca governou, nunca construiu um
monumento, nunca escreveu um livro ou
compôs uma única música, Jesus possui fontes demais. A historicidade não esta em jogo.
compôs uma única música, Jesus possui fontes demais. A historicidade não esta em jogo.
Voltando ao vídeo, agradeço por não ter dito
categoricamente que Jesus histórico não existiu. Porém outra informação agora
bem equivocada, pois ele esta fazendo uma afirmação categórica ao dizer que o
cristianismo foi criado por um político e por questões políticas.
Como ele não cita no vídeo como isso
aconteceu, estarei aqui supondo que ele esteja falando de Constantino ter
formulado em sua época a Igreja Católica Apostólica Romana, o que é verdade, porém
isso nada tem haver com a criação do cristianismo.
Depois da ascensão de Cristo ao Céu, os
discípulos começaram a pregar com fervor e no fim do primeiro século já era
possível contabilizar um milhão de cristãos no mundo. A pregação continuou forte e embora Roma
tenha lutado com todas as suas forças contra a crescente religião monoteísta
que crescia dia a dia, o Império Romano se viu derrotado e antes de se partir,
aderiu ao cristianismo assumindo ele como religião oficial e assim foi criada a
Igreja Católica, mas em nada algum político colaborou para a formação do
cristianismo, na verdade apenas se rendeu ao que não conseguia para de crescer.
Constantino se tornou um cristão? Pense
comigo, ele se tornou tão humilde que fez uma cidade chamada “Cristonópolis”?
Não, fundou Constantinopla e só foi batizado no fim da vida por um homem que
não acreditava na trindade.
Mas vamos continuar com o vídeo. O Yuri
afirma que não a força olhando por nós, que milagres não existem, mas o que
existem são eventos improváveis, mas não impossíveis e que eles podem sim
ocorrer.
Nada de surpresa aqui, afinal o Yuri é um
evolucionista, ou seja, alguém que acredita que coisas tão improváveis, tão
absurdas de acontecer, de fato aconteceram. Estamos falando de um homem de
extrema fé, daquele tipo que crê que a vida surgiu da não vida, algo nunca
observado e que até onde sabemos é impossível. A fé de que o tempo, com a
coincidência e o acaso possam trazer a melhor resposta.
Ai o Yuri faz uma confusão entre o que um
cristão sente em relação ao milagre e o que a nossa força de vontade faz por nós.
Vou dar um exemplo pessoal aqui.
Tentei parar de fumar quatro vezes e não
consegui, orei para Deus e não me esforcei, simplesmente acordei sem vontade.
Nas quatro primeiras vezes meu corpo clamava pelo cigarro, aquela vozinha na
cabeça dizendo “só um”. E quem tentou parar de fumar sabe bem o que eu estou
falando. Mas quando orei, nunca precisei lutar com essa voz, o combate estava
vencido e sei que não foi por mim.
Talvez alguns tenham medo de aceitar Cristo
com uma muleta, eu pelo contrário não tenho problema, afirmo que necessito de
uma muleta e que não pode ser qualquer coisa, mas algo forte e que me sustente,
e achei o que necessitava em Cristo.
Teria eu algum benefício que eu poderia
atingir sem a minha religião? Claro que sim, muitos deles. Mas o problema é que
a religião não esta aqui para me fazer atingir coisas impossíveis, ela esta
aqui para aliviar o fardo, esta aqui para me manter no foco, esta aqui para me
dar esperança daquilo que é inevitável, a morte. Religião não é sobre vencer um
câncer, milagres nem se quer podem ser tidos como sinais de um religião
verdadeira e a Bíblia deixa isso claro. Religião é para religar você a Deus.
Restaurar a imagem de Deus em você. Deus em nenhum momento despreza a força
humana, penas sabe que ela é limitada e nós nos cansamos, por isso Ele quer
andar sempre ao nosso lado.
Por fim, a filosofia apresentada no vídeo é
semelhante à de qualquer livro de auto-ajuda, nada novo, nada que abale a fé de
quem realmente tem fé.
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